Irã x Israel e EUA: Petrolíferas retiram funcionários – 23/06/2025 – Mercado
As petrolíferas BP, TotalEnergies e Eni começaram a retirar os seus funcionários de campos petrolíferos no Iraque em meio a temores de que o Irã, vizinho do Iraque, possa retaliar Israel e EUA bombardeando infraestruturas energéticas na região.
As três grandes companhias “evacuaram temporariamente alguns funcionários estrangeiros” do sul do país asiático, embora funcionários locais continuem a operar as instalações e a produção de petróleo não tenha sido afetada, informou a estatal iraquiana Basra Oil Company em comunicado na segunda-feira (23).
As decisões ocorrem após os ataques aéreos dos EUA a instalações nucleares iranianas durante o fim de semana e marcam a primeira vez que empresas petrolíferas internacionais retiram suas equipes da região desde que Israel lançou seus primeiros ataques ao Irã há dez dias.
A BP confirmou a decisão, acrescentando que não houve impacto em suas operações. “Como medida de precaução, a BP decidiu realocar alguns funcionários que estavam no Iraque”, disse em comunicado.
A Basra Oil Company informou que a Eni reduziu sua presença de 260 pessoas para 90, enquanto a Total retirou 60% de seu pessoal.
A Eni recusou-se a comentar sobre o número de empregados que deixou o Iraque, mas confirmou que reduzirá sua presença no país como “precaução”. A Total recusou-se a comentar.
O principal comandante militar do Irã, major-general Abdolrahim Mousavi, disse na segunda-feira que as Forças Armadas do país têm o direito de retaliar pontos de interesse americanos, com alguns analistas temendo que qualquer operação ocidental na região possa se tornar um alvo.
A república islâmica apoia várias milícias no Iraque que poderia convocar para lançar ataques à infraestrutura energética ocidental, comentou Helima Croft, ex-analista da CIA que agora trabalha na RBC Capital Markets.
“Se a liderança iraniana acreditar que sua sobrevivência está em jogo, pode exercer séria pressão sobre os representantes remanescentes no Iraque e no Iêmen para fornecer assistência muito mais substancial”, escreveu em uma nota.
Vemos um risco claro e presente de ataques energéticos, pois é uma das formas restantes que o regime iraniano pode causar danos ao Ocidente”, analisou Helima.
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