Palmeiras e Fluminense estreiam bem nas oitavas das copas – 16/08/2025 – Juca Kfouri

Ótima foi a estreia do Palmeiras no mata-mata da Libertadores.

Ao jogar feito Academia, deu aula de bola para o Universitario peruano, ao goleá-lo por 4 a 0, em Lima, e com o estádio Monumental, que é grande mesmo, lotado.

“Ah, mas o campeão peruano é uma baba”.

OK, vá lá e o goleie. Quem tem feito isso?

Flaco López e Vitor Roque, a nova dupla alviverde, fez exatamente assim e garantiu o time nas quartas de final, provavelmente com o River Plate pela frente.

Sete jogos, sete vitórias, 100% em 2025, o Palmeiras já é o clube brasileiro com melhor participação no torneio continental. Tem o maior número de jogos, de vitórias, de gols, só tem menor a quantidade de gols sofridos, além de ser tricampeão como Flamengo, Grêmio, Santos e São Paulo.

Boa foi a atuação do Fluminense e até pareceu que golearia o América, em Cali, pela Copa Sul-Americana, pois fez 2 a 0 logo de cara. Não goleou, sofreu um gol, mas está em situação favorável para ir adiante.

Para os demais times brasileiros a vida reserva dificuldades nada desprezíveis, embora estejam todos invictos com exceção do Inter.

O Botafogo teve tudo para ir com conforto jogar na altitude de Quito e acabou se limitando a inquietante 1 a 0 sobre a LDU, no Nilton Santos.

Pode custar caro e é possível dizer que, embora vencedor, o Glorioso esteja em situação até mais difícil que a do Inter, derrotado por 1 a 0 pelo Flamengo, no Maracanã com 67 mil torcedores, pelo simples fato de o rubro-negro também ter desperdiçado a chance de liquidar com o Colorado no primeiro tempo e agora ter de assegurar a vaga no Beira-Rio, na quinta-feira (21).

O que é mais desafiador: enfrentar a LDU, algoz de brasileiros, nas alturas da capital equatoriana só com um gol na frente, ou virar, em Porto Alegre, sobre o Flamengo?

Não será surpresa se os dois grandes cariocas amargarem a decepção da eliminação, mesmo que o clube da Gávea seja superior ao gaúcho —e conte ainda com a infame colaboração da Justiça esportiva, cúmplice na impunidade de Bruno Henrique, o craque indiciado que, se duvidar, aos 34 anos, só será julgado depois de dependurar as chuteiras.

Menos dura deveria ser a tarefa do São Paulo contra o Atlético Nacional, no Morumbi.

Deveria porque não inspirou confiança alguma ao ser massacrado em Medellín, no 0 a 0 menos 0 a 0 dos últimos anos, com dois pênaltis perdidos e duas bolas nas traves protagonizados pelos colombianos.

Cardona é o nome que a torcida tricolor deve homenagear nesta terça-feira (19) para agradecer tanta hospitalidade como anfitrião.

Fortaleza e Atlético Mineiro parecem mais perto da eliminação do que da sobrevivência na Liberta e na Sula.

Os cearenses ficaram no empate sem gols com o Vélez Sarsfield, no Castelão, e sofrerão as penas do inferno, na terça-feira (19), em Buenos Aires, para seguir adiante.

O Galo foi mais um que decepcionou em casa, ganhou de virada, na bacia das almas do Godoy Cruz, 2 a 1, e padecerá em estádio acanhado, verdadeiro alçapão para cerca de 20 mil pessoas.

É o que dá bobear quando se está com o queijo e a faca nas mãos e a faca se revela de plástico, sem corte.

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